Filmes de Ficção

30 filmes latino-americanos, por Angela Prysthon + votantes brasileiras para a La International Cinéfila (ambos de 2023)

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Votantes brasileiras para a La International Cinéfila

IVONETE PINTO (BRASIL) – Crítica (Revista Teorema; CinemaEscrito)

A – 5 filmes
Kaibutsu / Monster (Hirokazu Kore-eda, Japan, 2023)
Anatomie d’une chute / Anatomy Of A Fall, (Justine Triet, França, 2023)
Nu astepta prea mult de la sfârsitul lumii / Do Not Expect Too Much of the End of the World (Radu Jude, Romenia, 2023)
Stepne / Stepne (Maryna Vroda, Ukraine, Germany, Poland, Slovakia, 2023)
Oppenheimer / Oppenheimer (Christopher Nolan, EUA, 2023)

B – Obra-Prima
Alma Viva / Alma Viva (Cristèle Alves Meira, Portugal, 2023)

C – Filme do meu país
Pedágio (Carolina Markowicz, Brazil, 2023)
Retratos Fantasmas (Kleber Mendonça Filho, Brazil, 2023)

D – Livros
A experiência do cinema (Ismail Xavier, org)
Hitchcock/Truffaut (François Truffaut)
Voir et pouvoir (Jean-Louis Comolli)

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JO SERFATY (BRASIL) – Cineasta (Um filme de verão)

A – 5 filmes
EO, Skolimovksy, Polonia, 2022
Auge do humano 3, Teddy Williamns, Argentina, 2023
Paradiset Brinner Mika Gustafson, Suecia, 2023
Samsara, Lois Potino, Espanha, 2023,
Fallen Leaves / Kuolleet Lehdet (Aki Kaurismaki, Finlandia. 2023)

B – Obra-Prima
Saudade faz morada aqui dentro(Bittersweet Rain), Harolod Borges, Brazil, 2023

C – Filme do meu país
Estranho Caminho(A strange Path), Guto Parente, Brazil, 2023.

D – Livros
Ver e Poder- Jean Lous Comolli.
Imagem-tempo/imagem-movimento- Deleuze
Sertão Mar, Ismail Xavier
Los cines por venir, Jeronimo Athehortua Artega
A fabula cinematografica-Jacques Ranciere
O realismo impossível-Andre Bazin

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ANITA ROCHA DA SILVEIRA (BRASIL) – Cineasta (Medusa)

A – 5 filmes
Evil Does not Exist (Ryūsuke Hamaguchi)
May December (Todd Haynes)
Monster (Hirokazu Koreeda)
Poor Things (Yorgos Lanthimos)
Samsara (Lois Patiño)

A – 5 filmes
Past Lives (Celine Song)

C – Filme do meu país
Pictures of Ghosts / Retratos Fantasmas (Kleber Mendonça Filho)

D – Livros
Cinema, trajetória no subdesenvolvimento (Paulo Emílio Sales Gomes)
Cinéma II: L’image-temps (Gilles Deleuze)
Dennis Lynch: The Man from Another Place (Dennis Lim)

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ELA BITTENCOURT (POLONIA-BRASIL) – Crítica (Sight & Sound; Film Comment)

A – 5 filmes
Occupied City (Steven McQueen, England, 2023)
Anatomy of a fall (Justine Triet, France, Germany, 2023)
Uki (Shu Lea Cheang, Germany, France/Taiwan-USA, 2023)
Wrong Holes Only: June Fontaine and Revenge (Carmina, France, 2023)
3some Collage (No pic no chat, Poland, 2022)

A – 5 filmes
We Bites Us (Karolina Kucia, Poland, 2023)

C – Filme do meu país
Home is not a Harbour (Kaja Jałoza, Poland, 2022)

D – Livros
On the Eve of the Future: Selected Writings on Film (Annette Michelson, October Books, 2017)
Film as a subversive art (Amos Vogel, Random House Inc, 1976)
Essential Deren: Collected Writings on Film (Maya Deren, McPherson & Company, 2004)

37 filmes do Canal Thomas Farkas

https://www.thomazfarkas.com/filmes/

 

Texto do site:

“O Canal Thomaz Farkas foi criado com o principal objetivo de difundir a produção cinematográfica do húngaro radicado no Brasil, Thomaz Farkas. Além de ter sido um importante fotógrafo na consolidação da tradição moderna da fotografia brasileira, Farkas também desenvolveu uma sólida produção cinematográfica. Tais filmes marcaram a produção do cinema documentário brasileiro e foram o início de uma transformação que influenciou diversos realizadores.

Aqui estão reunidos 37 filmes de curta e média metragem que Thomaz atuou ora como produtor, ora como diretor de fotografia e ora como diretor.

Realizados entre os anos de 1964 e 2006, tais documentários investigam as manifestações culturais localizadas nos rincões do pais, forjando assim uma busca pela identidade da cultura popular brasileira. Os filmes realizados dentro deste período, sendo a serie pioneira Brasil Verdade (1964-65) e a segunda, essa realizada no Nordeste, Heranças do Nordeste, (1969-70) ficaram conhecidos como Caravana Farkas. Na mesma época em que Eduardo Coutinho realizava o antológico Cabra marcado para morrer (1964-1984), a Caravana Farkas decidiu lidar com a efervescência política do país (época do endurecimento do regime militar sobretudo com o decreto do AI-5 em 1968) se interessando pela cultura popular nordestina. A transformação social estando ligada, desse modo, com a expressão tradicional de um Brasil afastado  do eixo industrial.

O Canal Thomaz Farkas ressalta a importância do feliz encontro de diversos realizadores, alguns deles muito jovens neste período, que desempenharam papéis importantíssimos na futura trajetória do cinema brasileiro. São eles: Geraldo Sarno, Paulo Gil Soares, Sérgio Muniz, Maurice Capovilla, Guido Araújo, Manuel Horácio Gimenez, Affonso Beatto, Lauro Escorel, Eduardo Escorel, Sidney Paiva Lopes, Edgardo Pallero, Wladimir Herzog, Ricardo Dias entre outros. Destacamos ainda três figuras citadas como referências no âmbito desta produção: Fernando Birri, Joris Ivens e Jean Rouch.

‘Baiano de alma’, como o próprio Thomaz dizia, o fotógrafo, produtor de cinema e empresário, deixou um legado cultural muito importante para a construção do país. Este canal tem por dever histórico e interesse político divulgar e difundir ao máximo tal propriedade intelectual brasileira.”

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As recorrências na obra de Bong Joon Ho e Parasita (2019)

Parte 1 – Os filmes iniciais e os temas (e variações) de Bong Joon Ho

Incoherence, curta-metragem de 1994, é um nascedouro das ideias e variações de encenação centrais dos filmes de Bong Joon Ho. Dividido em quatro episódios relacionados entre si, o primeiro episódio é sobre um professor que esquece uma revista adulta na mesa de sua sala, e ao pedir para uma aluna fazer o favor de pegar algo nessa sala, lembra que deixou a revista na mesa e sai correndo, desesperado, para agir e encobrir o fato. Se a aluna visse, sua reputação poderia ser arruinada. A decupagem (escolha das escalas dos planos) e a montagem da ocultação, numa tentativa de exímio formal, é expressiva em sua minuciosidade nessa cena (a câmera lenta também retornará nos filmes posteriores, nem sempre de maneira essencial: há excesso delas e Expresso do Amanhã (2013), onde o papel de dar ênfase ao acontecido não está presente, como nas cenas em que ela é usada de maneira mais apropriada e justificada). Tal exímio persistirá em todos seus filmes e atingirá seu auge em Parasita. Agir para fazer alguém não ver (seus disfarces) é similar ao que a família Kim fará em cenas e no desfecho de Parasita, que é um filme sobre o quanto é possível criar e manter as máscaras sem deixá-las cair (e a que preço). O terceiro episódio de Incoherence começa e termina em um porão, local central em pelo menos Cão Que Ladra Não Morde (2000), Memórias de um Assassino (2003) e Parasita (2019)em O Hospedeiro (2006), a variação é que a filha se perde nas reentrâncias do subsolo da ponte, entre canos de esgoto. No quarto episódio, o professor libidinoso se torna um moralista na TV, questão de disfarce e do que pede a circunstância. Sobre circunstâncias, Bong parece sempre mais interessado em como os personagens reagem as situações do que pelos ocorridos (com todos os seus exageros e absurdos) em si.

O porão em Incoherence (1994)

O porão em Parasita (2019)

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90+ filmes da Cinemateca Francesa para assistir online (com áudio ou legendas em inglês)

https://www.cinematheque.fr/henri/english/

3 desses filmes, disponíveis apenas até 31 de janeiro de 2023:

The Skywalk Is Gone (Tsai Ming-liang, 2002)
Nous le savions qu’elles étaient belles, les îles (Younès Ben Slimane, 2021)
Notre mémoire (Johanna Makabi, 2022)

Príncipes e Princesas (Michel Ocelot, 70min, 2000) Dublado em português

Título original: Princes et princesses

Sinopse: Uma menina e um menino vivem fantásticas aventuras, auxiliados por um velho sábio, um técnico de cinema desempregado. As crianças se transformam em herói e heroína e, em seis pequenos contos, com cerca de 12 minutos cada um, encenam passagens da história com belos desenhos, na técnica de teatro de sombras. Nessas seis aventuras, elas viajam por todos os cantos do mundo, indo do passado remoto ao futuro distante.

O premiado animador francês Michel Ocelot, também diretor de Kirikú e a feiticeira, volta com mais um desenho encantador: Príncipes e princesas, uma animação inteligente que deslumbra crianças de todas as idades. O filme é apresentado aqui com áudio original em francês e dublagem em português a cargo de Giulia Gam, Othon Bastos e Ernesto Piccolo.

Obs: esse post substituiu o post: as-aventuras-de-azur-e-asmar-michel-ocelot-2006-dublado-em-portugues